A sutil arte de ligar o f*da-se

Provavelmente esse não é o titulo que se espera em um post com a tag “desenvolvimento pessoal”, porque este é um titulo bastante controverso, num entanto, por mais polemico que ele seja ele ensina algo útil na vida de qualquer um e é uma coisa que você deve aplicar se quer levar uma vida mais leve.

Num mundo onde existem milhões de formas de ter isso ou de ser aquilo transformados em best sellers no formato de livros de autoajuda, é uma bênção ter um autor que queira nos ensinar a ligar o tao aclamado f*da-se, essa simples atitude pode fazer de você uma pessoa mais feliz porque não se importa com o que o mundo quer que você seja ou faça, você se preocupa com você e isso é uma virtude.

Em uma entrevista (veja aqui), Mark Manson autor do livro A sutil arte de ligar o f*da-se, explica que escreveu o livro porque queria escrever um livro de autoajuda mais negativo do que positivo, cujo principal objetivo do livro é ajudar o leitor a pensar mais claramente sobre o que elege como mais importante ou insignificante para sua vida, e então fazer um inventário do que é mais importante em sua vida e ligar o f*da-se para o resto.

Você já reparou que a maioria dos conteúdos mais vendidos hoje em dia é do tipo “fique bem”, “pense positivo”, “acredite em você”, “100 formas de ser feliz”, “10 maneiras de ser mais inteligente” etc. o problema com a maioria desse conteúdo é que não se enquadra no mundo real, nós não vivemos em uma utopia e tudo bem as coisas darem errado algumas vezes essa é a ideia que o livro quer passar para você, que é possível escorregar e não sofrer nada grave.

O “mundo perfeito” no qual vivemos tem feito com que a maioria das pessoas se sintam um completo fracassado e a cultura do consumo e do exibicionismo de vidas incríveis nas redes sócias tem uma papel fundamental nisso porque permitiu que a sociedade cria-se uma bolha de ilusões e então mergulha-se fundo nela, o medo de falhar tem sido cada vez mais recorrente fazendo com que você nem tente, porque falhar parece ser pior do que a morte.

Quando nós abrimos o Facebook ou o instagram por exemplo, somos bombardeados com uma felicidade quase sem fim, é a garota de dezasseis anos que ganhou uma Ferrari de aniversário num programa de TV, ou aquele garoto que acabou de faturar dois bilhões de dólares por ter inventado um aplicativo que resolve imediatamente o problema quando o papel higiênico acaba.

Repare que toda essa utopia faz com que você olhe para sua vida como se fosse uma merda, mesmo ela não sendo, ela é só sua vida e tudo bem ser você, mesmo que tenha de gritar para alguém trazer o pepel higiénico quando acaba, e quer saber? F*da-se.

O autor afirma que quando escreveu o livro ela não queria resolver os problemas de ninguém, você é o único responsável pela sua própria vida e todos os problemas dela, mesmo que isso seja uma merda, mesmo que você não tenha as repostas, é melhor você se responsabilizar por ela do que esperar que um autor apareça com “3 conselhos que vão melhorar a sua vida” ou “ 6 maneiras de ser bom de cama”.

O livro A Sutil Arte de Ligar o F*da-se não é um livro que vai ensina-lo a subir na vida ou a alcançar os seus objetivos, mas sim a errar e não se destruir por isso, porque esta tudo bem em errar algumas vezes, “se der certo felicidade, se der errado aprendizagem”, quando o mundo tiver essa Mindiset poderá levar uma vida mais leve apesar dos fardos que todos nós carregamos, e que se sinta confortável com o medo de falhar ate porque todo mundo falha e que seja capaz de rir enquanto chora.